Uma pesquisa chamada "Saúde e Trabalho", conduzida pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e divulgada recentemente em Brasília, revelou que 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas. O estudo entrevistou 2.021 pessoas com mais de 16 anos em todos os estados do país, entre os dias 10 e 14 de março de 2023, com uma margem de erro de dois pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%.
A pesquisa apontou que, entre os que praticam atividades físicas, 22% se exercitam diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana e 8% pelo menos duas vezes por semana. Especialistas consideram a prática regular de atividades físicas como um dos principais meios de promoção e cuidado com a saúde.
Além disso, a pesquisa também relacionou a prática de atividades físicas com o adoecimento. Dos entrevistados que praticam exercícios com frequência, 72% não tiveram problemas de saúde nos últimos 12 meses. Por outro lado, entre os que nunca praticam atividades físicas, 42% relataram problemas de saúde em 2022.
A pesquisa destacou a importância da promoção da saúde e de comportamentos preventivos para reduzir problemas na vida das pessoas. A atividade física foi apontada como uma eficaz prescrição médica, capaz não apenas de tratar, mas também prevenir várias doenças.
Diversos profissionais de saúde e educadores físicos enfatizaram os benefícios da atividade física para a saúde física e mental. Eles ressaltaram que o corpo humano foi feito para se movimentar e que a prática regular de exercícios pode ajudar a tratar e prevenir várias doenças, melhorar a qualidade de vida, aumentar a disposição e fortalecer o corpo.
A pesquisa também abordou a relação entre trabalho e qualidade de vida, revelando que 94% dos entrevistados concordam que profissionais com saúde física e mental em dia são mais produtivos. Além disso, 12% dos participantes relataram ter o hábito de realizar consultas regulares com psicólogos.
No que diz respeito aos ambientes de trabalho saudáveis, a pesquisa mostrou que 66% dos trabalhadores afirmaram que suas empresas estabelecem limites de horas de trabalho ou número de turnos, enquanto 55% permitem flexibilidade e pausas para descanso ou prática de exercícios. Cerca de 49% relataram ter estrutura para prevenir violência, assédio e discriminação, além de oferecer ambientes livres de fumo e políticas de jornada de trabalho flexível, como o home office.
Em suma, a pesquisa destacou a importância da prática regular de atividades físicas para a saúde e enfatizou a necessidade de promover ambientes de trabalho saudáveis, que incentivem o bem-estar físico e mental dos trabalhadores.