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18/05/2022 às 13h24min - Atualizada em 18/05/2022 às 13h17min

Piauí já registra aumento de 745% nos casos de dengue e Sesapi alerta municípios

De acordo com o informe epidemiológico, 187 municípios registraram 9.242 casos prováveis de dengue em 2022

Redação - beneditinosagora.com.br
Cidade Verde

Os casos de dengue e chikungunya seguem crescendo exponencialmente em todo o estado. Segundo dados do boletim referente a 19ª Semana Epidemiológica, o Piauí registrou um aumento de 745,6% nos casos de dengue e um aumento de 5.112,9% nos casos de chikungunya.

De acordo com o informe epidemiológico, 187 municípios registraram 9.242 casos prováveis de dengue em 2022, ao passo, que no mesmo período de 2021, foram 1093 notificações realizadas por 75 municípios. O boletim relata ainda que no sistema estão confirmados três óbitos no estado, todos do município de Teresina.

Os dados da 19° semana epidemiológica apontam ainda que os cinco municípios com maior incidência de dengue são Novo Santo Antônio, Antônio Almeida, Patos do Piauí, Simplício Mendes e Tanque do Piauí.

Chikungunya

Em relação aos casos de chikungunya, o levantamento mostra que em 2021, foram apenas 58 casos confirmados. Já em 2022, no mesmo período, o número de casos já chega a 1.930. Segundo os dados, o estado não registra óbitos por chikungunya desde 2018.

O boletim apresenta Simplício Mendes, Alagoinha do Piauí, São Julião, Monsenhor Hipólito, Alegrete do Piauí, Jaicós, Campo Grande do Piauí e Patos do Piauí como os municípios que apresentaram maior incidência nos casos de chikungunya.

O Secretário de Estado da Saúde Neris Júnior fala que o aumento dos casos já vem sendo acompanhado e que as equipes técnicas da secretaria estão dando todo o apoio aos municípios.

“Esse perfil de aumento de casos em relação ao mesmo período do ano passado vem se repetindo a cada semana, detectando esse aumento, nossa equipe vem trabalhando junto aos municípios, dando apoio técnico, reforçando as medidas necessárias e enviando o serviço de fumacê para o enfrentamento a dengue e a chikungunya em nosso estado”, destacou o secretário.

Ocimar Alencar, supervisor de entomologia da Sesapi, destaca que além das medidas dos gestores municipais e estaduais a participação da população é essencial para a diminuição dos casos.

“A cada semana estamos repetindo esse ponto, mas a verdade é que ele é essencial para que o enfrentamento a dengue seja mais efetivo. Estamos em um período de sazonalidade do vírus onde um aumento dos casos já era esperado, no entanto o nível registrado nos traz preocupações tanto para a dengue como a Chikungunya. A literatura e nossos levantamentos mostram que 80% dos criadouros do mosquito estão presentes em ambiente domiciliar, por isso é essencial que a população ajude o poder público limpando suas casas e evitando que surjam novos ambientes propícios para o desenvolvimento do mosquito”, diz Ocimar.

Alerta

Ainda buscando mais formas de ampliar o apoio aos municípios piauienses no enfrentamento a dengue e a chikungunya e na redução de casos pelo Piauí, as equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) vem realizando reuniões e capacitações junto aos municípios voltados para ajustar a questão do registro de dados e melhores medidas de enfrentamento em cada região.

“Nossa equipe já está visitando os municípios e falando com os representantes deles e dos municípios próximos. Esta semana a previsão é trabalhar junto a Piripiri, Campo Maior e Parnaíba, mantendo esse contato direto e dessa forma traçando as melhores estratégias para o perfil epidemiológico de cada região, pontuou Amélia Costa, coordenadora do Cievs e do setor de epidemiologia da Sesapi.

A Sesapi também enviou aos municípios nota técnica sobre os pontos que cada município deve adotar para solicitar o carro fumacê. Até o momento o estado já enviou carro fumacê para dar apoio a 40 municípios em todo o estado.

Nós avaliamos o perfil epidemiológico daquele município para verificar a necessidade do uso ou não do fumacê naquele local. Essa medida nos ajuda a verificar o andamento do enfrentamento em todo o estado além de assegurar o uso correto do produto químico utilizado na eliminação dos mosquitos”, explicou Ocimar Alencar.

Sintomas da dengue

De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. 

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como combater a dengue

  • não deixe água acumulada sobre a laje;
  • jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc;
  • guardar garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que não acumulem água;
  • colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
  • não jogar lixo em terrenos baldios;
  • manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
  • manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito;
  • manter bem tampados tonéis e barris d’água;
  • encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabão semanalmente;
  • lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água;
  • remover folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas;
  • se você tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos, uma vez por semana;
  • lavar semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.

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